Rota do São João de Braga - Roteiro adaptado

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Rota do São João de Braga - mobilidade reduzida motora


O S. João de Braga é um dos festejos do “Santo Percursor” mais antigo em todo o país. Perdem-se no tempo as suas origens e é difícil afirmar com precisão quando tiveram o seu início. De acordo com um códice do século XVII, citado por Camilo Castelo Branco, tiveram tais festejos como parte mais interessante a montaria que os Bracarenses faziam às feras acoitadas nos matagais dos arredores da cidade. Seguiram-se as cavalhadas. Mais tarde, o Arcebispo D. Diogo de Sousa (1505-1532) fez construir uma capela de invocação a S. João Baptista, renovada em 1616, como agora ainda se vê. Os cavaleiros de Braga substituíram então as feras por porcos que lançavam na coutada dos Arcebispos sendo por fim, dos mesários da Irmandade de S. João, encarregado de manter um porco preto que, na madrugada de 24 de Junho, depois das cavalhadas era levado ao alto do Picoto e dali perseguido pelos fidalgos até à margem do rio, onde o povo se encontrava reunido em grande massa para o obrigar a atravessar a ponte, na qual, por seu turno, os moleiros forcejavam por lhe impedir a passagem, para que entrasse no rio. Findo o divertimento, o porco ficava pertença dos vencedores. Testemunho de fé, de amor, de espírito de aventura e de sentimento de liberdade o S. João é ainda uma das mais coloridas e genuínas exteriorizações da grande e apaixonada alma minhota e, por isso, é inconfundível a festividade que, em sua honra, se promove em Braga.

Fonte: Câmara Municipal de Braga


Percurso sugerido

1 - Avenida Central

2 - Praça do Município

3 - Rua do Castelo

4 - Largo Barão de São Martinho

5 - Avenida da Liberdade

6 - Rua dos Barbosas

7 - Capela de São João da Ponte


Com o apoio do Programa Nacional de financiamento a projetos do INR I.P, 2015, da comunidade local, várias entidades públicas e privadas e com base no trabalho cooperativo destinado a partilhar uma herança cultural, desenvolvemos a Rota do São João sobre rodas, para pessoa com mobilidade reduzida motora.



Com o apoio do Programa Nacional de financiamento a projetos do INR I.P, 2014, da comunidade local, várias entidades públicas e privadas e com base no trabalho cooperativo destinado a partilhar uma herança cultural, que acreditamos pertence a toda a comunidade, desenvolvemos a Rota do São João de Braga, para pessoa com mobilidade reduzida motora. Este roteiro não se limita a descrever o que visitar em cada local, é um guia elaborado a pensar em pessoas com mobilidade reduzida e nos melhores locais por onde transitar para conhecer todos os locais onde se desenrola a festividade de São João de Braga.


A Rota divide-se em dois dias (os dias mais importantes da época festiva do São João de Braga). Foi utilizada cadeira de rodas elétrica.

Dia 23 de Junho de 2014

Coreto da Avenida Central
Coreto da Avenida Central

festividades sugeridas

08:00 - Encontro de todos os intervenientes no Cortejo da Mordomia

09:00 - Avenida Central

10:00 - Praça do Município (ao lado dos estandartes e do palco)

16:00 - Rua do Castelo (a meio das Arcadas)

22:00 - Largo Barão S. Martinho (Plataforma do Parque Infantil)

23:00 - Avenida da Liberdade (sempre pelo lado nascente-Turismo)

24:00 - Rua dos Barbosas (Ciclovia)

01:00 - Monte do Picoto (Av. Liberdade)

INÍCIO

08:00—Encontro de todos os intervenientes no Cortejo da Mordomia

09:00–Avenida Central

Saída do Grandioso Cortejo da Associação de Festas - bandas de Música, arcos de Romaria de S. João de Braga, grupos de rapazes e raparigas com Traje de Romaria da Região de Braga, Bandas Filarmónicas convergem de todas as ruas e praças da cidade de Braga e dirigem-se para a Avenida Central, gaiteiros, Gigantones e cabeçudos, tocatas, Rusgas e Romeiros, grupos de Zés Pereiras, bombos, todos vão integrar o Cortejo de Mordomia até à Praça Municipal, para apresentar cumprimentos às Autoridades Civis, Militares e Religiosas.

Acessibilidade

Acesso exterior:

- Estacionamento: sim

- Passeios: sim

- Rampas: sim

- Pavimento exterior: granito

- Bancos- Sim

- Sombra- Sim

Acesso interior:

- Balcões e guichés: não se aplica

- Instalações sanitárias: não se aplica

- Movimentação no interior: não se aplica



10:00—Praça do Município (ao lado dos estandartes e do palco)

Cerimónia Solene da Abertura Oficial das Festas da Cidade

Frente aos Paços do Concelho, com a presença das Digníssimas Autoridades Civis, Militares e Religiosas. Cerimónia solene do hastear das Bandeiras Oficiais, nos Paços do Concelho. Os Hinos de Braga e de S. João são executados pelas 6 Bandas Filarmónicas presentes. Os Hinos da cidade de Braga e de S. João são cantados pelo Grupo Coral “Orfeão de Braga”, acompanhado pelas 6 Bandas Filarmónicas presentes.


Praça do Município

Paços do Concelho
Paços do Concelho

A praça do município é um espaço urbano e foi aberta na segunda metade do século XVI, por ordem do Arcebispo Frei Agostinho de Jesus. Foi, durante décadas, praça de touros. Em 1751, o Arcebispo D. José de Bragança manda edificar uma nova ala do Paço Episcopal Bracarense, atual Biblioteca Pública de Braga. Em 1973 foi construído o edifício da Câmara Municipal, passando a praça a designar-se por praça do município. A praça tornou-se um grande mercado ao ar livre até 1878, sendo demolido em 1915. A fonte do Pelicano existente no centro da praça de estilo maneirista-joanina é da autoria do escultor Marceliano de Araújo.


Coordenadas: 41° 33' 4" N 8° 25' 41" O

Praça do Município, 4700-435 Braga

Acessibilidade

Acesso exterior:

- Estacionamento:sim

- Passeios: sim

- Rampas: sim

- Pavimento exterior: granito

Acesso interior:

- Balcões e guichés: não

- Instalações sanitárias: sim

- Movimentação no interior: rés-do-chão


16:00—Rua do Castelo (a meio das Arcadas)

Despique de Bombos, Zés-Pereira e Grupos de Percussão

De entre muitos usos e costumes que ao longo dos séculos conquistaram o seu lugar nas Festas de S. João, um se torna notável pela gritaria e alvoroço provocado na juventude e até nos adultos: “AS AMAZONAS”, que ainda hoje fazem as delícias, de novos e velhos, por nele poderem reviver alguns quadros do seu tempo de criança. As Amazonas são figuras caricaturadas, representando pessoas ou animais, de exagerado tamanho, cujas cabeças em pasta de papelão de enorme volume se sobrepõem a corpos feitos de roca de madeira ou verga, revestidos de fatos e adornos. As longas vestes, que caem até ao chão, encobrem rapazes e homens que levam a figura, dançando e fazendo malabarismos ao som das músicas dos grupos de Zés P’reiras que os acompanham, provocando gritaria, alvoroço e risos a muita gente.


Rua do Castelo

Rua do Castelo
Rua do Castelo

Trata-se dos restos do castelo de Braga, que formava uma cidadela medieval. Possui doze metros de base e cerca de trinta metros de altura. A torre, em granito, é coroada de ameias e ângulos reforçados de mata-cães e possui uma janela geminada. Numa das fachadas encontra-se uma pedra de armas de Dom Dinis.

Rua do Castelo 4700-311 Braga

Coordenadas: 41° 33.105' N 8° 25.421' O

Acessibilidade

Acesso exterior:

-Estacionamento:sim

-Passeios: sim

-Rampas: sim

-Pavimento exterior: granito

Acesso interior:

-Balcões e guichés: não se aplica

-Instalações sanitárias: não

-Movimentação no interior: não


22:00– Largo Barão S. Martinho (Plataforma do Parque Infantil)

Largo Barão S. Martinho


Rua do Castelo
Rua do Castelo

Grande Cortejo Popular das rusgas para o Arraial de S. João da Ponte

Arcos de Romaria do Minho, representando o S. João de Braga, S. João do Minho e S. João de Portugal, seguidos pelos grupos de gigantones e cabeçudos, gaiteiros, bombos, e Zés Pereiras, Rusgas e Romeiros, bem como grupos Folclóricos de todo o Concelho de Braga. Com a riqueza do traje, das danças e cantares desfilam a caminho do grande arraial de S. João da Ponte. A acompanhar o desfile seguem milhares de forasteiros que dão mais colorido e alegria à festa.














Acessibilidade

Acesso exterior:

- Estacionamento: sim

- Passeios: sim

- Rampas: sim

- Pavimento exterior: granito

- Bancos- Sim

- Sombra- Não

- Melhor local de Visionamento- na plataforma no parque infantil, aconselha-se ir com tempo para reservar o lugar


Acesso interior:

- Balcões e guichés: não se aplica

- Instalações sanitárias: não se aplica

- Movimentação no interior: Não se aplica


23:00—Avenida da Liberdade (sempre pelo lado nascente-Turismo)

Descida e subida da Avenida da Liberdade





Avenida da Liberdade
Avenida da Liberdade

Na sua visita aconselha-se que circule a nascente, pelo facto da zona pedonal ser mais ampla o que torna mais fácil a deslocação.


Acessibilidade

Estacionamento: sim

- Passeios: sim

- Rampas: sim

- Pavimento exterior: Calçada portuguesa

- Bancos- Não

- Sombra- Sim

- Melhor local de Visionamento- Não se aplica

Acesso interior:

- Balcões e guichés: não se aplica

- Instalações sanitárias: não se aplica

- Movimentação no interior: Não se aplica


24:00—Rua dos Barbosas (Ciclovia)

Quadros Bíblicos

Quadros Bíblicos
Quadros Bíblicos

O Rio Este é decorado e iluminado com centenas de lumes vivos, onde poderá apreciar o Batismo de Cristo e ainda uma imagem gigantesca de S. Cristóvão e o Menino ao ombro, simbolizando a travessia do Rio Jordão. Esta expressão bíblica é única no nosso país.


O baptismo de Cristo


São Cristovão e o Menino
São Cristovão e o Menino

Nascido de um milagre, agraciado com as feições de um iluminado e com o dom da palavra, encarregado da extraordinária missão de preparar o caminho do Senhor, o epílogo da sua vida veio após um longo e doloroso martírio. Eis S. João Baptista, o Santo Percursor. S. João Baptista escolheu as margens do Rio Jordão para pregar a palavra divina. Era aí que baptizava, com as águas límpidas do Rio quem queria purificar-se. Foi também na pureza dessas águas que, num acto de submissão, Jesus Cristo foi baptizado pelo seu percursor. Encontramos na tradição das seculares Festas de S. João de Braga um quadro bíblico que retrata, precisamente o baptismo de Jesus Cristo por S. João Baptista. É no Rio Este, em S. João da Ponte, que este quadro é representado. O povo Bracarense decidiu então “transformar” a margem esquerda do Este na memória viva do Santo Percursor, rendendo esta singela homenagem não apenas a S. João Baptista mas também a Jesus Cristo, ou não fosse Braga uma das mais antigas cidades cristãs.

S. Cristovão e o Menino

A imagem colossal de S. Cristóvão, carregando ao ombro o menino desperta a curiosidade de todos os visitantes que chegam a Braga por ocasião do S. João. A história é tão singela quanto doce: S. Cristóvão, homem de estatura de gigante e força poderosa, fora um pecador. Redimia-se dos seus pecados praticando a caridade nas margens do Jordão, auxiliando, com a ajuda de um vau, os viandantes a atravessar o rio às cavalitas. Um dia, uma criança apareceu pedindo-lhe que o transportasse à outra margem. Prazenteiro, acedeu ao pedido. Como a débil criança lhe pesasse muito, e já a meio do percurso, comentou: - “Menino, tu pesas muito! Parece que levo o mundo às costas.” - “Não te admires, Cristóvão! Levas ao ombro Aquele que fez o mundo. Mas tu virás comigo para casa de meu Pai”. O Santo, que não era chamado assim, passou a ser denominado Cristóvão, forma portuguesa de Christoforo que significa “portador de Cristo”. A princípio a estátua do Santo era transportada pelos barqueiros (que operavam em algumas áreas fluviais de Braga) numa majestosa Procissão. A honra de representar o Menino Jesus que na Procissão ia aos ombros da estátua cabia a um menino que era escolhido para tal função. Há alguns anos atrás surgiu a ideia de, para recuperar a grandeza e o brilho das festas, colocar a imponente figura de caridoso Santo, garbosamente enfeitada e carregando aos ombros o Salvador do Mundo no cenário onde desenvolveu a sua boa ação: O Rio Este que aqui simboliza o Jordão. S. Cristóvão ficou para sempre ligado às festas de S. João.


Capela de São João da Ponte

Igreja de São João da Ponte
Igreja de São João da Ponte

Capela de planta longitudinal constituída por um alpendre suportado por colunas toscanas, uma nave única, uma capela-mor e uma sacristia adossada. Foi construída em 1616, sofreu várias modificações nos séculos seguintes, sendo a última a colocação de um retábulo em pedra com a imagem do padroeiro, na primeira metade do século XX.

A capela de S. João da Ponte, centro do único parque da cidade, continua a ser um dos locais de maior devoção popular dos bracarenses, confirmando-se inevitavelmente como o monumento mais “pitoresco” de Braga.

Largo São João da Ponte 4715-049 Braga


Coordenadas: 41° 32′ 28" N, 8° 25′ 11" O

Ciclovia e Zona Pedonal

Acessibilidade

Acesso exterior:

- Estacionamento: sim

- Passeios: sim

- Rampas: sim

- Pavimento exterior: pavimento

- Bancos- Sim

- Sombra- Sim

- Melhor local de Visionamento- ao longo da margem do Rio Este

Acesso interior:

- Balcões e guichés: não se aplica

- Instalações sanitárias: não se aplica

- Movimentação no interior: Não se aplica


01:00—Monte do Picoto (Av. Liberdade)


Avenida da Liberdade
Avenida da Liberdade


Monumental e tradicional sessão de fogo-de-artifício de vários tipos e apoteótico remate final. O fogo é lançado do Alto do Monto do Picoto sobre o Terreiro de S. João e Rio Este.


Acessibilidade

Acesso exterior:

- Estacionamento: sim

- Passeios: sim

- Rampas: sim

- Pavimento exterior: granito

- Bancos- Sim

- Sombra- não se aplica

- Melhor local de Visionamento- Rotunda do fundo da Avenida da Liberdade

Acesso interior:

- Balcões e guichés: não se aplica

- Instalações sanitárias: não se aplica

- Movimentação no interior: Sim


Dia 24 de Junho de 2014 (Feriado Municipal)

Percurso sugerido

10:00 - Igreja Paroquial de S. João do Souto (ao lado do Altar) - Missa Campal

11:00 - Campo da Vinha (Plataforma em frente ao Lar Conde de Agrolongo) - Carro das Ervas, Carro do Rei David e Carro dos Pastores

16:30 - Sé Catedral - Missa em honra de S. João Batista

17:00 - Largo Paço (ao lado do chafariz) - Exibição do Orfeão de Braga com cânticos alusivos ao S. João

18:00 - Sé Catedral - Soleníssima Procissão de S. João (Procissão dos Santos do mês de Junho)

21:30 - Estádio 1º de Maio - Festas de Encerramento do S. João de Braga


INÍCIO

10:00 - Igreja Paroquial de S. João do Souto (ao lado do Altar)

Missa Campal

A Igreja de São João do Souto situa-se em Braga e foi construída no final do século XVIII.
Igreja deSão João do Souto
Igreja deSão João do Souto

A primitiva igreja foi construída no século XII. Foi doada ao arcebispo de Braga D. João Peculiar por Pedro Aurives e sua mulher Gelvira Midiz em 12 de Julho de 1161. Nessa igreja foi baptizado Francisco Sanches.

Largo de São João do Souto

4700-326 Braga

Coordenadas: 41° 33′ 00" N, 8° 25′ 28" O


Acessibilidade

Acesso exterior:

-Estacionamento:sim

-Passeios: sim

-Rampas: sim

-Pavimento exterior: granito e calcário

Acesso interior:

-Balcões e guichés: não se aplica

-Instalações sanitárias: não

-Movimentação no interior: não


11:00—Campo da Vinha (Plataforma em frente ao Lar Conde de Agrolongo)

Carro das Ervas, Carro do Rei David e Carro dos Pastores

O Cortejo atrai milhares de pessoas de vários pontos do país e estrangeiro para assistir às várias exibições ao longo do percurso.

Carro das Ervas

O Carro das Ervas é dos tempos medievais. Nos itens do Senado da Câmara, esta obrigava anualmente de vésperas e até determinada hora as freguesias rurais do concelho, por ocasião das Festas de S. João, umas a fazerem limpeza à cidade e outras, para no dia do «Bautista», trazerem à cidade, carros de juncos, ervas cheirosas e flores, com a recomendação de que, se não cumprissem a determinação, eram punidos pecuniariamente a favor do concelho. Depois, num carro de bois ornamentado, nos locais por onde iam passar as procissões e os cortejos, espalhavam no chão as flores e as ervas aromáticas, que, para além de dar um ar festivo, eram pisadas pelas procissões e cortejos, largando um intenso perfume.

Dança do Rei David

É uma dança mourisca, de tipo palaciano, uma das muito raras lembranças dos mouros na nossa região, o que aliás se compreende, pois aqui não fizeram ocupação civil e foi breve a ocupação militar. Foi conservada por uma família de camponeses dos subúrbios da cidade, que a transmitiram de pais a filhos, como titulo de orgulho familiar, o que não é inédito em etnografia. Até ao século XVII chamou-se «Dança do Rei Mouro» e os dançarinos, cobertos de manto branco, exibiam-se na procissão do Corpus Christi. Então a igreja proibiu as exibições profanas nesta procissão de tão elevado significado cristão. Na ânsia de continuarem o já velho costume, o «Rei Mouro» foi transformado em «Rei David» e os mantos brancos em fatos hebraicos. Como nem com esta mutação lhes fosse dado consentimento passou a dança a ser exibida por ocasião das Festas de S. João conservando, camuflada, a sua origem herética. É, na verdade, uma dança curiosa cuja inclusão nas Festas Sanjoaninas se justifica pela força da tradição que constituí uma verdadeira exigência popular. O «Rei», tocando lira, inicia a dança com os seus passavantes para terminar numa coreia geral com intervenção dos tocadores. Tudo decorre de forma ingénua e simples, como é natural, dada a sua antiquíssima origem. É antiga a tradição da Dança do Rei David nas Festas do S. João de Braga. Pela sua dança e música, é um número apreciado por todos os que visitam a Capital do Minho por altura das festas da cidade. Este auto, o Rei e seus pares, era composto pelos carreeiros, pasteleiros, palmilheiros e singueiros da cidade, que a isso estavam obrigados. Quanto à música, é tradição que se deve a um inspirado monge Agostinho, do Convento do Pópulo aqui de Braga.

Carro dos Pastores

Prevalecendo ao longo de décadas, o Carro dos Pastores teria surgido possivelmente entre os séculos XVI e XVII, já que as versões dadas a conhecer diferem entre estas. Em Braga a letra e música primitiva perderam-se, sabendo-se, no entanto, que a actual possivelmente já com alguns arranjos musicais é da autoria de Fernando José Paiva, natural de V.N. Famalicão, que depois de militar na Guerra Peninsular se instalou definitivamente em Braga, vindo a falecer em 1874. Sabe-se tratar de uma rica alegoria ao nascimento de S. João Baptista, filho de Zacarias e Isabel, o Santo Percursor de Cristo _ «aquele que veio preparar os Caminhos de Cristo» - inspirado no Evangelho de S. Lucas, quando a breve trecho nos diz: «NÃO TEMAS ZACARIAS. PORQUE FOI OUVIDA A TUA PRECE E DE ISABEL, TUA MULHER PARIRÁ UM FILHO E POR-LHE-ÁS O NOME DE JOÃO.» Será com este extracto Bíblico que surge o Auto dos Pastores, constando de dois imponentes actos: a aparição do Arcanjo S. Gabriel a Zacarias, anunciando-lhe o nascimento do filho e cominando a mudez em que ficaria por não ter acreditado na concepção natural, mas reputada de impossível devido à idade do dois cônjuges, seus progenitores. O segundo auto apresenta o Santo Percursor já nascido, transmitindo o júbilo popular, que conta do Evangelho, perpetuando-se através dos tempos, sendo sempre festivo em grande aspecto e expansão popular do dia de S. João. A alegria do povo é representada no Auto por um coro constituído por crianças vestidas de rigorosos trajos tradicionais bem ao gosto Pastoril. Curiosamente desde que foi incluído na procissão (Sanjoanina), o Auto que tem tempos remotos se representava no Templo ou no Adro passava a ter a sua representação no exterior e por vários locais da urbe, sendo transportado num carro com possantes bois adornados, dando-nos a vantagem de oferecer mais espaço para o povo e evoluções do Coro e Desfile de Adoração ao Nascido e seus bailados com o seu recorte gracioso. Assim prevalece, para designar este número das festas Sanjoaninas o nome de Carro dos Pastores com os artísticos bailados Medievais. Actualmente o Carro dos Pastores é composto por 14 elementos de ambos os sexos de cujos cajados e pandeiretas pedem graciosas fitas coloridas. Usam chapéus de palha com aba erguida presa à copa e ornamentados de flores confeccionados com fitas de seda de vários tons. As meninas usam os seus chapéus nas costas enquanto os rapazes os vão mantendo na cabeça. Outra das características prende-se com o seu requintado Trajo, vestindo as meninas saia, avental, colete e blusa branca meias e sandálias. Os pastores, esses usam calção e colete com adornos ,camisa branca, faixa vermelha à cinta, meias e sandálias. O S. João Baptista é personificado por uma criança de três anos de idade, Zacarias, Isabel e três anjos são outros das importantes peças de este auto. O Carro dos Pastores é sumptuosamente decorado, tornando-se um número único e imprescindível nas Festas Sanjoaninas pela sua beleza e fascinação como Auto Sacramental proporcionando uma grande admiração no povo pelo bucolismo do nascimento do Santo Percursor, merecendo a descrição pelo seu gracioso auto.

Igreja do Salvador
Igreja do Salvador

O antigo Convento do Salvador localiza-se na Praça Conde de Agrolongo. Atualmente o edifício do convento faz parte do Lar Conde de Agrolongo.

Em 1528 João III de Portugal alertou o então arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, para a necessidade de transferir as freiras do Mosteiro de Vitorino das Donas, em Ponte de Lima, para um lugar menos ermo e mais urbano, como a cidade de Braga. Em 1602 as freiras finalmente instalam-se na cidade de Braga, no primitivo mosteiro. A nave da nova igreja ficou concluída em 1616. Em 1625 foram executados os painéis do retábulo-mor pelo pintor portuense Gonçalo Coelho, e em 1630 o interior da igreja foi revestido com azulejos. Durante o século XVIII novos trabalhos tiveram lugar: em 1718 foi construído o atual retábulo-mor pelo entalhador Gabriel Rodrigues, em 1730 foi executado o novo púlpito, provavelmente por Marceliano de Araújo, em 1736 foi executado o órgão e, em 1738, erguida a torre sineira. Em 1834 com a extinção das ordens religiosas o convento passou para as mãos do Estado. Em 1893 as dependências do antigo mosteiro passaram a abrigar o Asilo de Mendicidade. Em 1908 José Francisco Correia, conde de Agrolongo decidiu custear a construção de um novo edifício, segundo projeto do arquiteto Moura Coutinho, cujas obras foram concluídas em 1914. O conde foi nomeado presidente honorário da instituição, que mudou de nome para "Asilo de Mendicidade Conde de Agrolongo".

Praça Conde Agrolongo

4700-312 - Braga

Coordenadas: 41° 33′ 10" N, 8° 25′ 37" O

Acessibilidade

Acesso exterior:

- Estacionamento: sim

- Passeios: sim

- Rampas: sim

- Pavimento exterior: granito

- Bancos- Sim

- Sombra- Não

- Melhor local de Visionamento- Na plataforma em frente à igreja do Convento do Salvador

Acesso interior:

- Balcões e guichés: não se aplica

- Instalações sanitárias: não se aplica

- Movimentação no interior: Não


16:30—Sé Catedral

Missa em honra de S. João Batista


17:00— Largo Paço (ao lado do chafariz)

Exibição do Orfeão de Braga com cânticos alusivos ao S. João

Largo do Paço
Largo do Paço

Praça situada no centro histórico de Braga, rodeada pelos edifícios do Paço Episcopal Bracarense, onde outrora se situava o palácio dos Arcebispos de Braga. No centro encontra-se o Chafariz dos Castelos, erguido em 1723 por ordem do Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles. O conjunto é encimado por uma imagem feminina que simboliza a cidade. Atualmente no espaço existe o Salão Nobre, a reitoria da Universidade do Minho, a Biblioteca Pública de Braga e o Arquivo Municipal.


Coordenadas: 41° 33′ 02" N, 8° 25′ 34" O

Largo do Paço, 4704-508 Braga

Acessibilidade

Acesso exterior:

- Estacionamento: sim

- Passeios: sim

- Rampas: sim

- Pavimento exterior: granito

- Bancos- Sim

- Sombra- Não

- Melhor local de Visionamento- Ao lado do chafariz, em frente ao palco

Acesso interior:

- Balcões e guichés: não se aplica

- Instalações sanitárias: não se aplica

- Movimentação no interior: Sim


18:00—Sé Catedral

Soleníssima Procissão de S. João (Procissão dos Santos do mês de Junho)

Sai da Sé Catedral da Imponente Procissão dos Santos do Mês de Junho, com a presença de Sua Ex.ª. Revma. Senhor Arcebispo Primaz de Braga, Autoridades Religiosas, Civis e Militares. Nove Andores e centenas de quadros alusivos à vida de S. João Baptista.


Sé Catedral
Sé Catedral


O edifício assenta sobre as fundações de um antigo mercado ou templo romano dedicado a Ísis. A Sé Catedral Santa Maria de Braga, matriz da devoção de Portugal à Virgem, é considerada como um centro de irradiação episcopal e um dos mais importantes templos do românico português. A sua história remonta à obra do primeiro bispo, D. Pedro de Braga, correspondendo à restauração da Sé episcopal em 1070, da qual não se conservam vestígios. A Sé de Braga é um extraordinário exemplo do Património religioso da cidade. Aqui reúnem-se diversas capelas laterais e túmulos de várias personalidades que fizeram parte da história de Braga e de Portugal. Nesta catedral encontram-se os túmulos de Henrique de Borgonha e sua mulher, Teresa de Leão, os condes do Condado Portucalense, pais do rei D. Afonso Henriques.


Coordenadas: 41° 32′ 59" N, 8° 25′ 38" O

Rua D. Paio Mendes, 4700-424 Braga

Acessibilidade

Acesso exterior:

-Estacionamento:sim

-Passeios: sim

-Rampas: sim

-Pavimento exterior: granito

Acesso interior:

-Balcões e guichés: sim

-Instalações sanitárias: sim

-Movimentação no interior: sim / na igreja até ao Altar-Mor



21:30—Estádio 1º de Maio

Festas de Encerramento do S. João de Braga

O Parque da Ponte, ou Parque de São João da Ponte, é um parque urbano da cidade de Braga, Portugal. O parque, localizado no fim da Avenida da Liberdade, está dividido em quatro partes, a parte exterior (a norte), a parte interior, o Complexo Desportivo da Ponte (a Este) e o Parque de Campismo da Ponte (a Sul). O parque é limitado a Norte pelo Rio Este e a Avenida Dr. Francisco Pires Gonçalves, a Este e Sul pelo Monte do Picoto e a Avenida do Estádio, a Oeste pelo Parque de Exposições de Braga e Rio Este.
Estádio 1º de Maio
Estádio 1º de Maio

Para que possa assistir às festas de encerramento aconselhamos a subida até à porta “da entrada das ambulâncias”. Terá de levantar o bilhete de ingresso no Turismo ou na Cabine da Associação de Festas, dois dias antes. O bilhete é gratuito mas é obrigatório.

No ano de 1946, e com o intuito de comemorar o 21.º aniversário da revolução de 28 de Maio de 1926, foi assinalado o início da construção do estádio. Assim, com o auxílio de uma escavadora foi depositada a primeira pedra. O 1.º de Maio tem planta simétrica, numa estrutura em granito e betão armado, com bancadas descobertas em torno do campo central, envolvido por pista de atletismo. Nas partes laterais da entrada, tem dois painéis de bronze, em alto-relevo, atribuídos ao mestre Barata Feyo.

Acessibilidade

- Estacionamento: sim

- Passeios: sim

- Rampas: sim

- Pavimento exterior: paralelo

- Bancos- Sim

- Sombra- Não

- Melhor local de Visionamento- em frente ao palco, na zona reservada da “meia lua”

Acesso interior:

- Balcões e guichés: não se aplica

- Instalações sanitárias: não se aplica

- Movimentação no interior: Não se aplica


Conselhos Úteis:

O Bilhete para assistir ao encerramento das festas deverá ser levantado na Cabine da Comissão de Festas dois dias antes das festividades. O bilhete é gratuito e obrigatório.

Autoria: ADOC


Apoiado pelo programa de financiamento a projetos do INR, I.P :
INR CMYK
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