José Serpa

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José Agostinho Serpa nasceu na aldeia da Costa na magnífica ilha das Flores e é de sua autoria o texto que se segue. A wiki-edu.org está muito grata a José Agostinho Serpa pelo seu incansável esforço na preservação e divulgação da cultura da sua região.

A ilha das Flores está situada a 30º 54' de longitude oeste e 39º 25' de latitude norte e com uma temperatura média de 17º C (63º F.). Esta temperatura deve-se à influência da proximidade da corrente do Golfo.

Foi descoberta por volta de 1452, pelo navegador Diogo de Teive e seu filho João de Teive, sendo Guillaume Van Der Haegen, (mais tarde Guillaume da Silveira) fidalgo Flamengo, o primeiro povoador da ilha.

O lugar/aldeia da Costa pertence à freguesia do Lajedo, concelho de Lajes das Flores, Açores; parte sul da ilha e o extremo mais ocidental da Europa. Ali moram 44 pessoas. Todos se conhecem e muitos são da mesma família. Só há pouco tempo é que consta do mapa da Ilha.

Este lugar só é visível do ar ou do mar, ou seja um turista/pessoa que circule nas estradas da ilha não o descobria, visto que a informação turística/placa de informação pública, só existe há cerca de 2 anos.

O lugar da Costa, separado do Lajedo (sede de freguesia) por extensa e alta lomba/monte, ocupa um amplo e fértil vale. Antigamente conhecida como fajã da Costa.

A economia deste lugar/freguesia tem por base a pecuária e a agricultura, com o cultivo de milho, batata e produtos hortícolas e ainda alguma apicultura, mas num regime de subsistência.

Para ajudar subsistência da família algumas pessoas dedicam-se aos ofícios da construção civil e à pesca.

Nesta freguesia foi criada a primeira cooperativa da ilha com o nome; Cooperativa Agrícola Ilha das Flores, que viu-se forçada, na década de 1970, a fechar as portas por falta de competitividade


Nos aspectos relevantes no seu património histórico temos:

Igreja Paroquial, construída em 1771, graças ao Sr. José Francisco Mendonça;

Casa do Espírito Santo, datada de 1904, edificada graças às esmolas dos devotos;

Poceirão da Água Quente, no lugar de Costa. Sendo a única nascente de água quente de que há conhecimento na ilha das Flores. Para visitar esta nascente termal tem que se fazer um percurso de extraordinária beleza que passa junto aos ilhéus; de Barro, da Greta, da Água Quente, do Forcado e pela falésia da rocha do Barreiro, onde se extraía muita da argila usada nos telhais e construção de tijolo de barro da ilha. Nos Anais dos Municípios das Lajes, de 1970, afirma-se que "as águas termais do Poceirão são adequadas para o tratamento do reumatismo e de algumas doenças cutâneas". A sua temperatura é tão elevada que permite cozer peixe, lapas ou caranguejos (apanhados mesmo ali), que adquirem um sabor único.

História.

Começou a ser desbravada em meados do século XVI, no entanto só se verificou o povoamento do início de século seguinte.

Os primeiros povoadores eram capitaneados por João Soares, oriundo do lugar dos Mosteiros da ilha de São Miguel, que se terá fixado no Lajedo. Esta localidade será assim o povoado mais antigo da costa sul e daí tendo irradiado para oeste/norte.

De salientar que durante muitos anos o lugar/aldeia da costa pertencia a uma única pessoa, conhecido pelo Visconde do Vale da Costa e posteriormente adido de Portugal nos Estados Unidos da América

Durante muito tempo e até ameados do século XX existiam aqui baleeiros.

Por altura da emigração este lugar e ilha ficou com menos habitantes.

Existe um cruzeiro/cruz no cimo do monte para indicar a existência de uma povoação/população/habitantes para além dele, datado de 4 de Janeiro de 1952.

Até aos anos 70, havia a produção de olaria, em fraca escala.

As pessoas deste lugar, são quase auto suficientes e das mais autodidactas que conheço. É aqui que entra o adágio popular, "a necessidade aguça o jeito"

Água canalizada chegou em 1951, a estrada em 1976 e a luz eléctrica a 4 de Fevereiro de 1978

Assim é o cantinho de sonho onde nasci e actualmente vivo, no meio do mar; onde o mar beija a terra em murmúrios silenciosos, onde se ouve o som do silêncio, se inala o aroma natural/divinal da natureza, acarinhado pela penumbra da noite que cai suavemente, como quem adormece ao som de uma harpa e com filamentos de doces sonhos passo a noite, acordando ao chilrear da natureza que bafeja mais esperança para o dia que começa...onde o tempo não corre, discorre, onde o Criador parece ter caprichado com os tons da paleta... o cristalino/pureza das suas águas... o ar que nos alimenta e bafeja a alma do mais puro que existe... este é o meu mundo... ...onde sou feliz ......e a que chamo PARAÍSO... um recanto do Mundo... um Paraíso no Meio do Mar.

Autoria: Costa Ocidental